terça-feira, 8 de maio de 2012

The Rocky Road To Dublin

Essa é uma grande música!
Quando ouvi pela primeira vez pareci não acreditar muito no que ouvia, principalmente pela voz sem freio que parecia que não ia parar nunca, mesmo quando a música terminasse. A dinâmica dela é incrível!  Eu consigo estabelecer uma relação bem clara com as músicas instrumentais de dança irlandesa: os instrumentos não tem respiração (pausa) assim como é a voz aqui. É a típica música que os mais não-familiarizados com a música irlandesa sacam logo que é pra ser dançada, beber, erguer os copos de cerveja etc etc.. não tenho nada contra, mas eu vejo de outro modo. A beleza dela me toca por outro lado muito mais apreciativo, quase meditativo hahahaha!

Sempre tive vontade de cantar isso, mas nunca tive coragem e ousadia para tal ,já que: eu sou um péssimo cantor e minha pronuncia é péssima. O tempo foi passando e resolvi ter coragem de cantar esse trava lingua todo, com um duo que eu tinha com Luiza, o Uí Breasail. (Era um duo que nas nossas gravações se tornava um trio, quarteto, quinteto, e por aí vai.. hehehe).
Acho essa nossa gravação bem legal e até que me sai bem - comecei cantando beeem devagar hehe.. algo que acho engraçado é que, como minha prioridade sempre foi o instrumental, chega num ponto que a voz tá lá no fundo e a flauta, bandolim e cia tão tomando tudo pela frente hahaha.

Aí está:

The Rocky Road To Dublin by Uí Breasail


Acompanhar com a letra é mais divertido: LETRA AQUI (Não sei se é exatamente a mesma versão que cantamos, acho que é!)

Deixo também o imortal grupo Dubliners com sua sensacional interpretação. As acentuações que o cantor Luke Kelly faz são demais.


                       (Algo bem engraçado no vídeo é que Luke Kelly sem querer repete uma mesma estrofe e fica olhando para os companheiros com cara de "o que foi que eu fiz?" "E agora?" Mas dá tudo certo. Vale dizer que The Dubliners foi um grupo que nunca ensaiou, tá no sangue ou não tá? hehehe)

 
Até a próxima!

domingo, 6 de maio de 2012

Vídeo: Blarney Pilgrim no Bouzouki

Olá, pessoal!
Aqui geralmente está assim: passo uma temporada postando com velocidade e depois que minhas munições são todas gastas, fico um tempo ausente. É assim mesmo!

Vou postando hoje, rapidinho, um vídeo meu tocando Blarney Pilgrim, um famoso jig irlandês, no Bouzouki. Espero que gostem!


                           
                     (Tum tem tumtumtumtomteeem tumtum tem temtomtumtemtum...)

Abraços e até a próxima!

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Banjos e ruas

Alô, alô!
O post de hoje é dedicado a um instrumento muito querido por mim: o banjo. Acho que ainda não coloquei um post aqui dedicado a ele, e sim.. este faz parte de mais uma das minhas faces musicais.
Meu interesse com o banjo, inicialmente, era tocar música irlandesa.. portanto a idéia era um banjo de quatro cordas. Em meio a tantas pesquisas, fui descobrindo o banjo de cinco cordas e conheci o 'Bluegrass e cia'.. resumindo: a música tradicional americana. Virou desde então mais uma paixão para mim, algo encantador realmente! Ainda assim minha vontade era com a música irlandesa e confesso que até eu ter em mãos um banjo de cinco cordas eu não me interessava em tocar a música americana. Só foi quando eu estava com um para dizer "este é meu!" que eu pensei "Eu tenho, agora preciso aprender!". Pois bem, bastei começar a tirar uma música que isso se tornou um vício. Não é a toa que, de vez em quando, eu sinto falta de sentir as dedeiras nos meus dedos, parece que fazem parte de mim! (E olha que eu resisti a idéia de usar dedeiras no início, por serem bem desconfortaveis)
Comecei estudando o Clawhammer, uma técnica própria e diferente de qualquer coisa que eu já conhecia, e só depois me dediquei ao 'Scruggs Style' (dedilhado com os três dedos). Eu não quero deixar este post grande demais, contando toda minha história de amor com o banjo.. deixa eu falar agora das ruas.
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Sempre achei a idéia de tocar nas ruas sensacional! Era algo que eu sempre tinha vontade de fazer, mas faltava aquela coragem e também certeza que iria fazer um bom som tocando sozinho. Após umas tentativas de fazer parcerias, desisti. Fiquei tocando banjo para mim mesmo e os caras que moram comigo (Tantão e Ramon), e isso acabou dando numa lei que dura até hoje aqui em casa: 'vai tocar banjo? FECHA A PORTA DO QUARTO' (daí o nome do blog hehehe) Após umas pesquisas com artistas de rua, conheci ótimos grupos por aqui no Brasil (por ex.: Conjunto bluegrass porto-alegrense ). Também conheci o músico de rua Wagner C. Junior com seu projeto O bardo e o banjo. Achei perfeito aquilo, pois era algo mais ou menos no formato que eu queria fazer: um banjo, eu e a rua. (Ele ainda usa uma mala e um pandeiro meia lua como percussão). Está aí um belo exemplo do seu trabalho:



                        
               (Vale a pena visitar o seu blog, onde há relatos bem pessoais sobre as aventuras          de se tocar na rua)


Então me encorajei!
Eu tinha uma noção um pouco diferente do que seria tocar na rua, mas claro que a realidade foi melhor. Não imaginei que as pessoas iam parar e puxar assuntos comigo, as vezes nada a ver com o que eu estava fazendo, que velhinhas torceriam para me ver no palco um dia hahaha, que eu faria contatos dos mais diversos... coisas inesperadas aconteceram, e só me deram mais gás para continuar investindo nisso! Já estou há quase 2 meses fazendo isso e quero fazer para sempre, pois até então foi algo muito positivo para mim. São tantas coisas legais que acontecem nestas 2 horas e meia de tocada que penso em abrir uma sessão de 'crônicas' para alguns acontecimentos, hehe, o que acham??

Deixo também um vídeo meu, tocando num dos meus pontos prediletos.

                (Vídeo gravado e muito bem editado por Ramon Coutinho, o cara que também não aguenta me ouvir tocando em casa, mas também sempre ajuda! Valeu! uhu)


Valeu, galera! Até a próxima!

terça-feira, 1 de maio de 2012

Disparada - Bandolim solo

A música do post de hoje é um pouquinho diferente do meu 'estilo', vamos dizer assim. Estou falando da "Disparada", belíssima música (sempre falo isso) sem dúvidas.

Ouvi uma vez Dudu Maia, um bandolinista brasileiro, tocando esta música com uma introdução de composição própria, até onde eu sei, no seu cd. Sempre fiquei afim de fazer uma versão própria para tocar no meu bandolim. Dessa versão dele eu fui tirando e cheguei na minha, acho que ficou legal para um brasileiro-gringo como eu, que tenta tocar música brasileira hehehe. Também peguei a introdução que ele faz, não só por ser bonita e combinar tanto com a música, mas por eu acreditar ser um ótimo estudo para o bandolim. Acho muito bom como ela se desenvolve, num contínuo auto acompanhamento que se encaixa muito bem. Está aí, espero que gostem:

Disparada


E tem um vídeo no youtube dele tocando bem como eu disse:




E tem aqui outro vídeo dela cantada, como é originalmente, e não menos surpreendente, por Jair Rodrigues. É uma interpretação única, na minha opinião:



Essa semana ainda tem mais um post!